Confira também!
A versão para PC deixou muitas perguntas em aberto. O jogo mobile explicou
elas!
Todo jogo que se preze tem pelo menos 1 ou 2 mistérios que anseiam seus jogadores por explorar os conteúdos seja fora ou dentro do game. Daí surgem inúmeras teorias, várias histórias diferentes variando do contexto que algo está sendo dito e a busca pela explicação oficial que vai minar o que é delírio coletivo e o que é canônico.
Em Grand Chase, um jogo com vários personagens tanto jogáveis quanto não jogáveis e uma trama rica e envolvente apesar dos furos, sempre alimentou a expectativa dos fãs em descobrir quase tudo referente ao seu personagem favorito ou pelo menos a história que parou em determinado ponto. A proposta do jogo mobile é justamente dar sentido a isto e principalmente responder as questões que seu antecessor deixou para trás.
Hoje, vamos conferir algumas das principais perguntas que o jogo mobile deixou claro, referente as questões que ficaram em aberto na versão para PC. Seja na história ou de algum personagem.
Antes de tudo...
Como quase todo mundo deve saber, Grand Chase Dimensional Chaser (for Kakao no KR ou Caçada Dimensional por aqui), é uma sequela direta que continua os eventos da onde o jogo para PC parou. Entretanto, alguns elementos foram modificados ou mesmo apagados para dar maior comodidade a história, fazendo-a fluir de modo que os lançamentos de conteúdo (seja personagem, uma missão evento ou até mesmo um sistema) não interfiram no que já foi explicado e deixem a coisa mais confusa.
A história em si, ao contrário do que o jogo anterior sugeriu, para exatamente após a luta contra Cazeaje na Torre da Extinção. Onde a equipe foi puxada por uma fenda dimensional e dispersada para várias dimensões diferentes (Alguns para Kricktria, outros para o mundo dos demônios e outros para Mausfia), se reencontrando pouco a pouco até os eventos do mundo 8 em Ellia. O que quer dizer que os eventos que surgiram o desafio épico de Harkyon jamais ocorreram.
.
A voz misteriosa ao final da Torre da Extinção
A primeira curiosidade que o jogo de PC nos deixou órfãos acontece nos últimos diálogos da missão Torre da Extinção, quando Cazeaje bate um papinho com uma voz misteriosa que pergunta se ela já se divertiu o suficiente com os personagens. O jogo antecessor jamais deixou claro ou pelo menos implícito de quem realmente se tratava, podendo ser um personagem novo ou um próximo antagonista para a Grand Chase.
Na época, a maior crença era que se tratava de Heitaros: Um dos principais ou talvez o maior vilão que a equipe poderia enfrentar (Mentira, Cazeaje rainha, resto nadinha, rs~~), devido a forma que as poucas palavras desta voz mostram se tratar de alguém tão sádico e impiedoso como a vilã. Mas, com o encerramento do jogo, A KOG deixou esta e outras perguntas ao relento.
Numa tentativa de dar um final, a KOG publicou um curta escrito dando um desfecho para os eventos da Torre da Extinção e do jogo em si, chamado de Episode &. Na história revela que a voz se trataria de Elscud Sieghart, o pai da Elesis, que havia vagado pelo mundo dos demônios após ser sugado por uma fenda na luta contra Gorgos. Ao final da batalha na Torre da Extinção, passaram-se 2 anos até a última reunião da Grand Chase antes do encerramento da história oficial.
Mas, seria suficiente para explicar este e outros pontos deixados em
aberto?
Infelizmente não. Entretanto, mesmo não seguindo o
Episode & propriamente escrito ao pé da letra, a ideia de Elscud
trabalhando ao lado de Cazeaje continuou, se mostrando verdadeira a proposta
de que era a voz que conversava com a antagonista ao final da missão.
Inclusive tendo um momento pai e filha com Elesis onde ele explica que tudo
não passava de uma emboscada (O que era infelizmente tarde demais).
Como é o Martelo de Ernasis?
Haviam três relíquias importantes para a história que em quase todos os arcos do jogo antecessor eram pelo menos mencionadas: A Bíblia da Revelação, A Pedra das Almas e o Martelo de Ernasis. Apesar das limitações impostas que quase sempre dificultavam o vislumbre de algum desses artefatos, conseguimos antes do jogo anterior ser encerrado ser apresentados a eles, com exceção da última relíquia: O Martelo de Ernasis.
Este artefato foi utilizado no passado por Bardinar para tentar obter o
poder do criador, quando falhou em absorver sua energia causando o cataclismo
que erradicou Calnat do mapa. E anos depois, tentou novamente usar a relíquia
com o mesmo propósito, sendo detido pela Grand Chase e por
Caxias Grandiel que o sela junto de si mesmo na Torre das Ilusões.
Como dito, não havia uma certeza da real aparência, pois nunca foi mostrado em jogo ou sequer fora dele em alguma informação que a desenvolvedora comumente soltava quando anunciava este tipo de conteúdo. Tudo o que sabíamos era o poder erradicativo que o martelo impunha ao usuário e o pensamento mais óbvio que realmente se trataria de um martelo. Entretanto, o epílogo do mundo 3 (Calnat) mostrou que passamos longe do que realmente era esta arma.
O Martelo de Ernasis é na verdade um mecanismo gigantesco criado por humanos que condensa toda energia mágica para si, ocupando quase o tamanho de uma sala (Carinhosamente chamado assim em homenagem a uma das deusas criadoras). A pessoa que recebe a energia acaba se tornando um falso criador ou dependendo da estabilidade da arma: Pode acabar erradicando tudo que ver pela frente.
E o mais surpreendente quando somos apresentados ao "Martelo" é o motivo pelo qual ele explodiu: A causa da explosão nunca foi uma falha do Bardinar em conseguir o poder do criador, mas a própria intervenção da Grand Chase em impedir isto de ocorrer. O que nos leva a crer que todo o ocorrido em Calnat é na verdade um loop temporal e o fato da linha do tempo que a Grand Chase existe é o resultado de um Mutualismo Paradoxal. (Pode saber mais um pouco a respeito no artigo sobre O que aconteceu em Calnat.)
Quem é a mãe do Lass?
Mais uma pergunta que ficou para trás no jogo antecessor é sobre a mãe do personagem. Que na história, se envolveu com um demônio e abandonou o fruto da relação em um circo, o Circo dos Pesadelos, fazendo o mestiço ter uma certa aversão a este tipo de espetáculo por conta dos maus tratos sofridos durante a infância.
A coisa fica mais intrigante quando somos apresentados a Lupus Wilde, o haros caçador de recompensas do mundo dos mortos e não tão menos importante: Meio-irmão por parte de pai do Lass. Ambos são filhos legítimos de Regis Wilde, um caçador de recompensas renomado que teria abandonado Lupus, quando este ainda era criança, para se envolver com uma humana: a mãe do mestiço (O cara não perdoava, ein?).
Isto fez com que apesar da fraternidade comprovada, os dois tivessem uma relação bastante áspera. Contudo, uma coisa que ainda não tinha sido clara era quem na verdade era o último amor do pai deles antes deste falecer. A probabilidade mais cogitada era que Lass teria alguma relação com a Comandante Isolet por conta de ambos compartilharem o mesmo sobrenome, entretanto, a desenvolvedora nunca confirmou ou sequer deixou implícito isto.
A resposta para isto veio com a chegada do Mundo 6 no jogo Mobile (Mundo dos mortos), onde no epílogo (Torre das memórias) somos apresentados a mãe de Lupus: Melanie. Uma haros que morreu devido a uma doença terminal tempos depois de dar a luz ao seu primogênito. E por uma brincadeira do destino ela teria reencarnado como uma humana, novamente se relacionando com Regis. Em outras palavras: Ambos Lass e Lupus na teoria são irmãos!
Ah, mas eles são tão diferentes... Como que podem ter a mesma mãe? - O jogo também deixa bem claro: Melanie reencarnou com uma aparência diferente de sua original como Haros, tendo os traços mais parecidos a de Lass. O motivo da reencarnação era na verdade uma armadilha preparada por Tristan para atrair Regis e dar fim a sua vida. O mesmo teria morrido diante de sua amada ao tentar deter o antigo parceiro para que não fizesse mal a esposa e ao segundo filho. (Sim, triste, no fundo o Regis era um bom pai de família.)
O paradeiro de Harpe Noir
Ainda continuando a falar dos mortos. Outra dúvida cruel que o jogo antecessor
morreu sem responder era o que aconteceu a alma de Harpe após os
eventos contados na missão Expresso de Hades.
Harpe era um membro da Existor, uma organização secreta a serviço da família Erudon para coleta de informações a fim de melhorar os estratagemas contra potenciais ameaças e manter os Erudon sempre um passo a frente de tudo. É claro, o personagem também era um mentor e melhor amigo de Ronan, que o servia fielmente desde que o arcano era pequeno.
Em uma das missões contra Astaroth, Harpe se envolve num incidente que tira sua vida ao proteger Ronan de um ataque do antigo primeiro-ministro do Reino Ancestral. Sua alma então é guiada para o mundo dos mortos e a Grand Chase vai atrás para resgatá-la, entrando no trem que rumava para a região.
A missão acabava e nunca deixava claro se o grupo conseguiu ou não resgatar a alma de Harpe. E a perguntava que nunca se calava era: O que aconteceu? Obviamente, os fãs se resignavam a acreditar que Harpe fez a passagem e oficialmente estava morto. Entretanto, anos depois, esta pergunta foi finalmente respondida também no mundo 6.
Ao conhecermos Hwarin, a rainha do mundo dos mortos, revemos finalmente o antigo amigo de Ronan agora como guarda-costas pessoal da rainha. Apesar do momento solene, Harpe diz que não se lembrava de nada, nem mesmo do rosto de seu amigo. E a causa disto é que uma vez que alguém morria e era mandado para lá, todas suas lembranças eram retiradas para que pudesse passar por um processo de redenção, com Harpe não sendo diferente.
Ele só recupera suas memórias no segundo calabouço do mundo 6 quando Tristan as restaura e o faz se lembrar de tudo que houve (Um momento feliz que só seria melhor se o cara não tivesse feito isso por pura sacanagem e megalomania).
É claro, existem outras inúmeras perguntas que o jogo mobile esclareceu ou está explicando ao decorrer da trama. Ao mesmo tempo que novos mistérios se abrem. Prolongando não só a vida deste jogo, como também todo o universo de Grand Chase.